O QUE UMA INSTITUIÇÃO DE MAIS DE 2 MIL ANOS TEM A DIZER AOS JOVENS?

A Jornada Mundial da Juventude de Madrid é uma rica ocasião para o diálogo da Igreja com os jovens. Talvez alguém se pergunte: afinal, o que uma instituição de 2 mil anos tem a dizer aos jovens, que ainda possa interessá-los?! A resposta é a mesma que fez com que os jovens, ao longo de 2 mil anos, continuassem a dar atenção à Igreja: ela lhes comunica a Boa Nova de Cristo, que é capaz de satisfazer suas buscas e preencher de sentido suas vidas.
Assim aconteceu há 2 mil anos, quando as pessoas encontraram Jesus Cristo. E aconteceu com os jovens Saulo de Tarso, Agostinho de Hipona, Francisco de Assis, Antonio de Lisboa, José de Anchieta, Inácio de Loyola, Teresinha de Lisieux, Edith Stein e tantos, tantos outros!
Pode parecer velho, mas é sempre novo, pois é nova e única a vida de cada ser humano que busca respostas. E quando aponta para Jesus Cristo, a Igreja indica ao homem a resposta mais radical, verdadeira e permanente; não aponta apenas para belas teorias, ideais desencarnados ou princípios abstratos; ela leva ao encontro da pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, caminho, verdade e vida; e convida a se deixar atrair e encantar por ele, a experimentar a alegria e a paz de estar com ele, a acolher sua palavra e a seguir seus passos pela vida afora.
Sim, porque ele é como o pão, que sacia toda fome e faz viver para sempre; como a água vivificante, que mata toda a sede; o pastor, que ama seu rebanho e dá a vida pelas ovelhas; ele é a porta aberta, pela qual passa quem deseja ir direto ao encontro com Deus. Isso interessa aos jovens? Acho que sim. Interessa a todos!
O tema da Jornada de Madrid – “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl. 2,7), lembra a “casa construída sobre a rocha”, da qual Jesus fala no Sermão da Montanha. Não basta ouvir suas palavras, é preciso colocar em prática o que se ouviu. E quem o faz é como um homem que constrói sua casa sobre a rocha; nada podem contra ela ventos, enxurradas e enchentes, pois tem base sólida e fica firme. Mas quem ouve e não pratica o que Jesus ensina é como um homem que constrói a casa sobre a areia: vem a chuva, os ventos, as enxurradas; a casa cai e vai toda em ruínas (cf. Mt. 7,24-27).
Vivemos a cultura do descartável, dos modismos passageiros, das novidades que suplantam as convicções a toda hora... Certezas duradouras estão fora de moda! O consumismo voraz tomou conta também da cultura, dos comportamentos e convicções; e tende a invadir também o campo religioso e dos princípios morais. Nesse tempo de superficialidades, de relativismos e subjetivismos, cada um é elevado a construir sobre a base de si próprio, de seus gostos e sentimentos passageiros. Dá futuro isso?
Nesse contexto, muitos jovens ficam sem referências sólidas para edificarem seu projeto de vida e seu futuro. Com frequência, “mitos” inconsistentes lhes são propostos, de maneira consumista, para serem imitados e seguidos. Quantos jovens, desorientados na vida, encaminham-se para os vícios e a imolação de suas jovens existências no culto das vaidades e prazeres, que os deixam vazios e destruídos! Que o digam Amy Winehouse e tantos jovens, que largaram tudo para viver nas cracolândias, vítimas da dependência química. Que o digam tantas vítimas, eliminadas em plena flor da idade, “arquivos” incômodos, depois de se terem envolvido nas malhas ilusórias e perigosas do tráfico de drogas e do dinheiro fácil...
São Paulo, querendo ajudar a vacilante comunidade de Corinto a se firmar na fé, exorta os fiéis: “... como sábio arquiteto, coloquei o alicerce, sobre o qual outro se põe a construir. Mas cada qual veja como está construindo. De fato, ninguém pode colocar outro fundamento, a não ser aquele que já está colocado – Jesus Cristo. Se alguém edificar sobre esse alicerce com ouro, prata, pedras preciosas ou madeira, feno ou palha, a obra de cada um acabará sendo conhecida” (cf 1Cor 3,10-15).
Jovens, querem fazer algo de bom em suas vidas? Algo que dê futuro e ofereça firmeza para enfrentar os embates da vida? A Igreja os convida: construam sobre Cristo e seu Evangelho! Muitos outros já fizeram isso antes de vocês e não ficaram frustrados. Cristo é a rocha sólida, que dá sustentação para um grande e belo projeto de vida, como aquele que vocês querem para si!
FONTE: Canção Nova
PENTECOSTES - Celebração do Fogo do Amor
“Pentecostes é a celebração do fogo do amor que pervaga os corações dos fiéis elevando a nível “teológico” sua bondade natural ou sua filantropia”.
Gianfranco Ravasi
O homem, por sua própria natureza é bom. Tornou-se capaz do mal quando foi contaminado pelo demônio com o vírus do pecado. Assim como o homem só é livre para a verdade: somos livremente obrigados à verdade (a dizer que dois e dois são quatro) somos também livres apenas para o bem. O homem só pratica o mal quando perde sua liberdade interior.
O Espírito Santo, simbolizado no vento forte e no fogo, limpa e purifica o coração humano. Anestesia o vírus do egoísmo e torna a pessoa capaz da prática do bem com uma força bem maior e diferente na sua qualidade: o amor do céu.
O batizado, cheio do Espírito Santo passa a sentir uma necessidade de fazer o bem, de ajudar, de promover o fraco, o doente, o pobre, o esquecido, o solitário e todo aquele que experimenta alguma forma de sofrimento. O Espírito Santo infunde na pessoa uma necessidade da prática do bem como a necessidade de respirar. O ser humano torna-se apaixonado pela prática do bem. Sua alegria é levar alegria aos outros. Sua felicidade é conseguir fazer os outros felizes (Festa de Babete – filme de Just Betzer, de Isak Dinesen).
Uma pessoa sem o Espírito Santo é como um filme sem cor e sem som, sem legendas. Difícil de ser entendido naquilo que ele quer ser, significar e transmitir. A presença do Divino Espírito Santo leva a criatura humana à plenitude da realização de toda sua potencialidade enquanto imagem e semelhança de Deus. Mesmo em suas limitações físicas (doença, finanças, incompreensões) a pessoa sente uma alegria íntima de viver, de existir, de ser para os outros, de poder transformar, para melhor, o mundo humano ao seu redor.
Dom João Bosco (Bispo de Patos de Minas)
Reza a tradição eclesial que a vigília de Pentecostes é uma das mais especiais celebrações da nossa Igreja. Como na vigília pascal, administrava-se o batismo, unido à crisma. Se a noite pascal dava mais ensejo para acentuar o batismo – morrer e ressuscitar com Cristo, - o tema pentecostal refere-se, antes, ao dom do Espírito, relacionado com a crisma. Por isso, esta vigília é vivíssima oportunidade ideal para a crisma onde os jovens conscientemente vão assumir a vida no Espírito Santo.
Portanto, jovem abra o seu coração e deixe o Espírito Santo de DEUS entrar em sua vida!